domingo, 27 de março de 2011

smile like you mean it

Daí que não precisam se preocupar.

Eu vou ficar bem, demore o quanto demorar.
Eu sei que pra vocês eu pareço mais magra, abatida e com olheiras, mas não quero ninguém tendo dó. Eu já superei isso, não tenho mais 14 anos como da última vez, não acho mais que não vou resistir. Conforme a gente cresce, vai amansando as expressões.

Foi melhor assim, doa o quanto doer.
Não vai ser de uma hora pra outra que eu vou desgostar, que eu vou esquecer, que eu vou parar de olhar pra um lugar e ver ele ali. Mas fazer o que, né?

É difícil morrer de sofrimento por um motivo desses, acho que teria preguiça de definhar. Fiquem tranquilos. Já to numa fase melhor, a fase da raiva é mais fácil.

Eu vou melhorar.

quinta-feira, 24 de março de 2011

sábado, 12 de março de 2011

Cuide, cultive, queira o bem. O resto vem. Ou não.

Eu vou gostando, eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando,
eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou...
E continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos.
E vou dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros têm pra me dar.

-Caio Fernando Abreu.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Caímos.

E cair dói.
Já havia posto o capacete a um tempo, mas ainda dói tanto...
Não controlo mais meus olhos.

Eu me mandaria tomar no cu, certeza.

É tão mais fácil mandar minhas amigas levantarem a cabeça...
Uma das coisas que eu não consigo abaixar, infelizmente, é meu porta-retrato com uma foto nossa.
Sou tosca e solteira. Tenso.



terça-feira, 1 de março de 2011

Alguma tristeza…

Este silêncio é assustador.

Não porque talvez ele não seja necessário, mas porque mesmo sendo necessário, ele machuca. E ando muito ferida pra suportar um pouco mais de dor.

Então eu queria que alguém me dissesse que vai ficar tudo bem, sabe? Porque esta incerteza toda tem me desnorteado demais. E uma ansiedade aguda toma conta de mim minuto a minuto.

E ainda há a saudade. E mesmo que as previsões sejam positivas, tudo ainda me parece tão longínquo! E estou com pressa, e sede e fomes demais. Percebe como minhas palavras estão respirando com dificuldade? Então eu te peço pra não me deixar tão sozinha assim nesta fase. Mesmo que haja sol e as ondas vão e venham incansavelmente me lembrando do movimento da vida, a sua voz me faz tanta falta quanto uma brisa.

Não que tenha me faltado companhia, mas em algum momento o abraço termina porque as pessoas têm as suas vidas. E ainda, o barulho das cidades têm me incomodado tanto quanto este silêncio denso. Então eu fico sem saber pra onde ir. E fico tão sonolenta e encolhida no meu canto até que alguém venha me abraçar novamente. E às vezes esse socorro demora tanto por causa da minha necessidade sempre tão urgente de tudo. De paz.

Por não querer sufocar ninguém, fico aqui, sufocada.

Só estou te dizendo estas coisas porque acho estranho você não ter a menor curiosidade em saber como tenho me sentido. Depois de tudo. Porque não existe um segundo sequer em que eu não pense e queira saber e deseje que você esteja bem.

Só isso.

-Marla de Queiroz